Se eu fosse fabricante de vinhos eu lançaria um vinho espumante branco chamado Sword of Manju. Ele seria elaborado ao método tradicional, 100% Chardonnay. A idéia é fazer o melhor vinho espumante possível, a preço entre 50 e 60 dólares a garrafa ao consumidor final. O rótulo teria o lindo Buda
Manjushiri, jovem aos 16 anos, com sua espada.
Explico-me. O significado desta espada na mão do Buda é romper o que é dual, é distinguir o que é meramente temporal do que é eterno, o que perdura e o que realmente fica.
Os
grandes espumantes têm este mistério. Se bem conservados, apesar de envelhecerem, são quase eternos. Há pouco tempo foram leiloadas aquelas caixas de espumantes encontradas em um naufrágio. Estavam em perfeito estado após dois séculos no fundo do mar!
Neste sentido o espumante é o vinho que mais se aproxima deste momento de eternidade simbolizado pela espada de
Manjushiri. Por ter prazo indefinido de validade e por também,quando bem feito, poder gerar um deslumbramento, uma sensação de sublime, sendo neste sentido uma máscara do inominável.
Ao bebermos um estupendo espumante estamos momentaneamente vivenciando o "Ah!" da eternidade.
2 comentários:
Analisei a afirmação "Os espumantes têm este mistério. Se bem conservados, apesar de envelhecerem, são quase eternos" do ponto de vista da lógica formal (lógica de predicados) e encontrei um problema pragmático. "Os espumantes" significa, formalmente, "todo e qualquer espumante em qualquer mundo possível".
Deixa um espumantezinho brasileirinho dois séculos debaixo d'água para ver o que acontece. Ou até mesmo aquela porcaria que a Mumm permite que se faça na Argentina.
Complicado sustentar essa afirmação.
Eu achei que o início do texto tinha explicado que eu me referia a um bom espumante. Mas você está certo, se lermos meu texto a partir dali parece que é todo e qualquer espumante o que não é o caso. Muito obrigada pelo comentário. Espero que você comente mais. Abraços!
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