quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Portugal, o comendador e as 285 castas

Portugal é amplo na variedade de uvas autóctones cultivadas e deve, ao meu ver, continuar assim. Existe um comendador que obteve o controle acionário da Quinta da Bacalhoa em 1998 e gosta de plantar Cabernet Sauvignon ao invés de plantar Touriga Nacional. As terras são dele e ele faz o que bem entender, está certo. Daria no mesmo falar de um atleta que treina para os 100 m rasos mas tem estrutura para ser um grande corredor fundista. As pernas são dele e ele faz o que bem entender, mas nunca será um campeão em corridas de velocidade.





Na volta da viagem eu fiz uma competição com o Affonso para lembrarmos de castas plantadas em Portugal em ordem alfabética. Aragonês, Arinto, Antão Vaz, Alvarinho e Assal, clique no link e veja que existem tantas outras mais! A variedade de uvas e suas combinações é que faz o vinho português tão especial. Frequentemente um tinto tem quatro ou mais variedades.
A identidade portuguesa vem sofrido alguns ataques por pressões mercadológicas e indecisões dos produtores. É natural experimentar novas castas na expansão do cultivo e bem vindas estas experiências. Entretanto a originalidade do vinho português é o que poderá destacá-lo mundial e sustentavelmente enquanto produto. Copiar o Novo Mundo é andar para trás.

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